Leonardo da Vinci falava: “a simplicidade é a máxima sofisticação”, frase que o inspirou em suas obras e que deveria ser um mantra em trabalhos de Branding. Infelizmente, muitas vezes, nos esquecemos dessa lição do gênio Da Vinci e complicamos demais as coisas. Seja usando uma linguagem inacessível em comunicação, seja sobrepondo conceitos e fazendo uma sopa de letrinhas, ou então criando arquiteturas de marcas que mais parecem puxadinhos do que uma empresa planejada e organizada. Se quisermos, também vale acrescentar soluções de design extremamente rebuscadas, cheia de elementos incompreensíveis e peças de comunicação que mais parecem um amontoado de atributos e características das marcas.
E sabe por que isso acontece? Em nossa opinião, há 3 fortes razões para isso. A primeira é a dificuldade que profissionais têm de fazer escolhas, abrir mão e depurar aquilo que verdadeiramente importa. Preferem falar muito achando que dessa forma não estarão deixando nada de fora. Ledo engano. O resultado disso é vermos uma enorme confusão e, de tudo, fica nada. A segunda é porque existe ainda uma mentalidade, em alguns segmentos profissionais, que associa complexidade com valor. É aquela visão que acredita que, se eu colocar várias coisas sobre uma marca, ela irá demonstrar superioridade. Se falar pouco, ficará apequenada. Mais um grande engano. Retomemos a frase de Da Vinci, justamente a sofisticação está nas coisas simples e não rebuscadas. Por fim, a terceira razão é a seguinte: ser simples é muito mais difícil do que ser complexo. Para se chegar a uma ideia simples é preciso analisar, selecionar, depurar, organizar, priorizar etc. É preciso pensar muito para partir do complexo e se chegar no cerne, na big idea, no verdadeiro insight. Enfileirar uma lista de características da minha marca é muito mais fácil.
Enfim, simples assim não é nada simples. Mas é o certo e o necessário para se criar marcas que tenham relevância na vida das pessoas.
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